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INCLUSÃO FINANCEIRA

Pagamentos digitais como forma de impulsionar a inclusão financeira: caso de sucesso do PIX no Brasil

POR Avinash Marajh e Terence Gallagher - BID Invest

 

O acesso a operações digitais promove a inclusão financeira de populações desbancarizadas e vulneráveis ​​e, por sua vez, aumenta a resiliência e o crescimento de micro, pequenas e médias empresas. Os sistemas de pagamento digital são catalisadores emergentes que impulsionam a inclusão financeira na América Latina e no Caribe (ALC).

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Publicado por ConnectAmericas

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O acesso a transações digitais cria novos vínculos financeiros para as pessoas não bancarizadas. Além disso, a conectividade com sistemas de pagamento digital tem um impacto positivo inegável na resiliência e crescimento de pequenas empresas e no acesso das mulheres a serviços financeiros formais.

De acordo com o Global Findex 2021, banco de dados do Banco Mundial, em áreas com acesso a pagamentos digitais e dinheiro móvel, as mulheres tinham 9% menos probabilidade de cair na pobreza e consumiam 18,5% a mais do que aquelas em áreas com acesso limitado a serviços de pagamento digital. Da mesma forma, as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) — representando aproximadamente 99% das empresas na ALC que estiveram conectadas a sistemas de pagamento digital durante a pandemia foram mais resistentes às crises econômicas e conseguiram aumentar suas vendas entre 20 e 30%.

Há uma parcela significativa da população não bancarizada na América Latina e no Caribe, aproximadamente 26% dos adultos não tinham conta em banco em 2021. Isso, agravado pelo fato de que as operações em dinheiro continuam prevalecendo como forma de pagamento na região, tem causado grandes lacunas de financiamento e aprofundado as vulnerabilidades financeiras. Em uma região atravessada por desigualdades socioeconômicas e índices significativos de criminalidade, o alto índice de operações em dinheiro vivo dá lugar à corrupção, à evasão fiscal e ao anonimato nas atividades criminosas.

A pandemia desencadeada pelo COVID-19 escancarou as lacunas socioeconômicas na região: cerca de 4,7 milhões de pessoas entraram em situação de pobreza e vulnerabilidade econômica na ALC em 2021. Além disso, as pessoas não-bancarizados correm o risco de serem excluídas dos sistemas de pagamento digital, já que muitas empresas começaram a adotar o modelo de vendas online.

Embora a diferença permaneça significativa, o aumento no número de pessoas bancarizadas na ALC se deu principalmente em decorrência da aceleração dos sistemas de pagamento digital no Brasil. Em 2014, 48% dos habitantes da região eram desbancarizados, número que caiu para 26% em 2021. No mesmo período, o percentual da população desbanzarizada no Brasil passou de 32% para 16%. Isso teve um grande impacto na medição total da região, já que o Brasil é o país com maior densidade populacional.

Em resposta à pandemia, muitos bancos centrais e governos da região implementaram soluções regulatórias e digitais inovadoras para oferecer benefícios aos grupos mais vulneráveis ​​e, assim, mitigar os impactos econômicos da crise sanitária e econômica. Em novembro de 2020, no auge da pandemia de COVID-19, o Banco Central do Brasil lançou o PIX, sistema nacional de pagamentos digitais. O conceito foi amplamente inspirado no modelo asiático de ecossistemas de super aplicativos, que se mostraram bem-sucedidos em gerar fluxos de usuários confiáveis ​​e dependência por meio da adoção de suas plataformas de pagamento social.

O que o Banco Central do Brasil pretendia inicialmente com o PIX era facilitar a digitalização e desenvolver uma infraestrutura de pagamentos comum para o país. No entanto, o maior sucesso do aplicativo foi a integração de um número significativo de pessoas desbancarizadas durante a pandemia. Entre novembro de 2020 e março de 2022, mais de 40 milhões de pessoas conseguiram fazer a primeira transferência bancária por meio do PIX.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, os brasileiros estão adotando as plataformas de pagamento mais rápido do que qualquer outro país do mundo, em grande parte devido ao surgimento e adoção do PIX. Desde o lançamento do aplicativo até março de 2022, o número de usuários do PIX disparou para mais de 124 milhões, e um relatório recente do Banco de Pagamentos Internacionais (BPI) revelou que a taxa de adoção do PIX alcançada nos primeiros seis meses de sua lançamento levou mais de 10 anos para ser alcançado em outros sistemas semelhantes em alguns países da OCDE.

Os planos do Brasil para o PIX são ousados, incluindo a introdução do PIX Garantido, que visa expandir o crédito ao consumidor por meio de garantias fornecidas por instituições financeiras. Isso tem o potencial de beneficiar as MPMEs, que poderão conceder crédito a seus clientes automaticamente, e criar um ambiente competitivo no campo do crédito alternativo para as pessoas não-bancarizados.

O Grupo BID está disposto a apoiar a adoção de sistemas de pagamento digital e o surgimento de novos modelos bancários que incorporam critérios que facilitam a inclusão financeira. Além disso, o BID está realizando estudos para medir a eficácia e o impacto no desenvolvimento de sistemas de pagamento digital. Embora ainda existam obstáculos no caminho para a inclusão nos sistemas bancários, mudanças nos regimes regulatórios e ênfase na infraestrutura digital são as fórmulas para acelerar o uso e a adoção de sistemas de pagamento digital.

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