O crescente interesse por frutas exóticas, novas tendências para uma alimentação saudável e o aumento do consumo de produtos prontos são alguns dos motivos pelos quais a América Latina e o Caribe têm grandes oportunidades de exportação para o mercado europeu.

A afirmação foi feita por Enrico Turoni, presidente da Cermac desde 2004, consórcio que trata da promoção internacional de tecnologias para agricultura e agroalimentar durante o webinar "Oportunidades e tendências para a América Latina no mercado europeu".

“Não há produção de frutas e hortaliças suficiente no mundo para que todos tenham uma alimentação saudável, de acordo com tendências e estudos”, foi como Enrico Turoni apresentou aos telespectadores desta conferência.

No entanto, ele deu alguns dados interessantes, como o dado que aponta que o mercado mundial de frutas e hortaliças gira atualmente em torno de 280 bilhões de dólares e, continuando essa tendência de crescimento, estima-se que em 2030 tenha um valor de 450 bilhões de dólares.

Turoni esclareceu também que, embora o mercado esteja passando por um crescimento moderado na Europa e nos Estados Unidos, ele vem declinando devido a várias crises internacionais, mas prevê que a situação comercial será regularizada em menos de um ano.

Outra informação oferecida pelo palestrante é que os contêineres estão caindo consideravelmente de preço devido à pandemia e, embora isso pareça uma boa notícia, esclareceu, também significa que o mercado mundial está enviando menos contêineres devido à crise.

No entanto, o comércio de frutas e produtos hortícolas prevê um aumento nos próximos anos, seguindo a tendência que se tem verificado até agora.

“Existem muitos fatores que contribuem para a facilidade com que hoje podemos transportar o produto de forma viável entre os continentes para que ele chegue ao consumidor antes do vencimento sem alterar a textura, valor nutricional e sabor”, disse ele durante sua apresentação.

O gengibre é um exemplo muito representativo, pois o seu consumo no mercado europeu tem vindo a crescer nos últimos quatro anos e estima-se que em 2026 continue a fazê-lo. Entre as apresentações mais consumidas no mercado europeu de gengibre, predomina o fresco, seguido do gengibre seco e, por fim, em conserva. Considerando que, óleo de gengibre e outras formas são as menos necessárias no momento.

Atualmente, o consumo de frutas e hortaliças desempenha um papel importante no fornecimento de uma alimentação diversificada e nutritiva, pois representam 32% da alimentação diária da população mundial. 

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Abaixo você pode ver o mapa dos principais países europeus que mais importam frutas e legumes, entre os quais se destacam a Alemanha, o Reino Unido, a França (reexportação para a Europa) e a Espanha.

O que os mercados europeus procuram no setor alimentar?

A conscientização sobre a saúde também é um fator importante que impulsiona as vendas de frutas e vegetais orgânicos, especialmente na Alemanha, Suíça, Áustria e Suécia.

No sul da Europa, os consumidores consideram que o sabor é mais importante do que a qualidade visual do produto.

Enrico também apresentou as tendências desses produtos tropicais no mercado europeu, como:

• O crescente interesse por frutas novas e exóticas
• O interesse por frutas e hortaliças produzidas com práticas sustentáveis ​​e responsáveis
• Redução do uso de embalagens plásticas
• O mercado de frutas secas também cresceu
• E-commerce ganha market share a cada ano
• As janelas das estações em que determinados produtos não são produzidos em alguns países devido ao clima 

Quais são as oportunidades para o mercado de frutas e vegetais?

Para entender como entrar no mercado europeu, devemos analisar quais são atualmente os principais países que mais importam produtos desse tipo para o continente.

Por exemplo, em termos de vegetais importados para a Europa: Marrocos, África do Sul, Peru, Costa Rica e Colômbia. Enquanto, entre os países que mais importam frutas para a Europa estão Peru, Marrocos, Colômbia e Egito.

Entre os produtos mais importados e em alta desde 2018 estão banana, abacate, manga, mamão, pitaia, uva, mirtilo, laranja, abacaxi e tomate.

No entanto, ainda há opções de produtos tropicais com perspectiva promissora de exportação, como: feijão, ervilha, morango, cherimoya, pimentão, coco, leguminosa, gengibre e muito mais.

Se você quer saber mais sobre o que eles procuram no mercado europeu e como iniciar essa jornada, convidamos você a assistir ao webinar completo e ficar de olho nos eventos organizados pela ConnectAmericas como o LAC Flavors, o evento mais importante do setor de alimentos e bebidas do ano que aconteceu no Panamá para a edição de 2022.

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