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Diversidade e inclusão

Pequenas e Médias empresas apostam na diversidade e na inclusão na América Latina e no Caribe

Por Estefanía Camacho, Daniella Gómez, Andresa Carrilho e Matheus Nascimento.

 

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Publicado por ConnectAmericas

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Há cada vez mais evidências sobre o impacto positivo da diversidade nas empresas. De acordo com um estudo da McKinsey, empresas mais diversas são mais inovadoras e costumam ter melhores retornos financeiros. Além disso, ambientes inclusivos atraem e retêm os melhores talentos nas empresas, segundo pesquisa da mesma consultoria realizada em 2021 em 15 países, 39% das pessoas entrevistadas disseram ter rejeitado ofertas de emprego por considerarem que a organização não oferecia um ambiente de trabalho inclusivo.

Por esse motivo, as empresas estão cada vez mais incorporando um compromisso com a diversidade e a inclusão de diferentes abordagens em sua proposta de valor. Ao contrário do que se poderia pensar, este não é o caso apenas de grandes empresas multinacionais, as PMEs da América Latina e do Caribe estão contribuindo ativamente para impulsionar essa tendência. aqui estão alguns exemplos:

Petunia é uma doceria localizada em Bogotá que abriu suas portas em 2017. Como parte de seu conceito de marca, Petunia busca contratar exclusivamente pessoas trans. Lembremos que na Colômbia, apenas 4 em cada 100 pessoas trans têm vínculo empregatício, segundo informou a Câmara de Comerciantes LGBT+ a Forbes. 

A diretora criativa da Petunia, Andrea Suarez, conta que desde que criou sua empresa, em 2017, adotou como prioridade o compromisso social de contratar pessoas trans porque suas experiências anteriores de trabalho a alertaram para a discriminação trabalhista que essa comunidade enfrenta em razão da sua identidade de gênero.

Mas levar em conta pessoas da comunidade LGBT+ nos processos seletivos é só o começo, pois a inclusão é influenciada pela experiência das pessoas dentro da organização, com as lideranças e claro com seus colegas, e ainda há muito o que aprender nesse aspecto.

A doceria Petúnia cresceu nestes anos, agora é composta por uma equipe consolidada de 18 pessoas com um grande senso de pertença e hoje posiciona-se como um local onde toda a comunidade LGBT+ (funcionários e também clientes) pode sentir-se acolhida, segura e à vontade.

Outro exemplo é a Casa Miró, uma empresa localizada em Recife, Brasil, que se dedica à venda virtual de roupas personalizadas e se dirige principalmente à comunidade LGBT+, embora também considere a diversidade em cada processo de seu produto: desde os processos de aquisição de materiais e até o serviço pós-venda.

A diversidade é mais do que um discurso, pagamos nossos funcionários de forma justa e contamos com o apoio de uma cooperativa na confecção de nossas roupas que é composta majoritariamente por mulheres. Por isso, pensar em diversidade e inclusão é, antes de tudo, pensar em uma forma de trabalhar que valorize as minorias”, afirma Wider Gonçalves, proprietário da Casa Miró.

A diversidade e a inclusão nas organizações se tornam mais importantes quando se entende que os consumidores comprarão de marcas com as quais se identificam e é cada vez mais importante que as marcas reflitam a diversidade de nossas sociedades. Por exemplo, 64% dos consumidores LGBT disseram ser mais propensos a adquirir produtos ou serviços oferecidos pelas marcas quando se sentem representados em campanhas de marketing ou políticas organizacionais, de acordo com um estudo da Ogilvy nos EUA. 

Portanto, compartilhamos a seguir quatro recomendações para que qualquer PME comece a se tornar mais diversificada e inclusiva: 

  • Certifique-se de que você está atraindo os melhores talentos. Os preconceitos inconscientes nos processos de recrutamento podem levar à seleção de pessoas que estejam próximas a você ou que tenham experiências semelhantes. Ter processos de recrutamento transparentes e padronizados incentiva a que pessoas de diversas origens se candidatem a vagas e sejam consideradas no processo. Questione-se: por que certas pessoas não se sentem à vontade para se candidatar à sua empresa. 
  • Comprometa-se com a diversidade! Nos negócios, a mudança vem da liderança, mas o compromisso não pode ser limitado às declarações feitas durante o mês do Orgulho LGBT. Verifique sua empresa para casos de discriminação, assédio, micro-agressões ou outras situações que prejudiquem a inclusão e o clima de trabalho. Identificar como os estereótipos podem estar afetando os processos em sua empresa e fazer os ajustes necessários. Seja no desenvolvimento de campanhas de marketing, processos de recrutamento, atendimento ao cliente ou qualquer política interna, evite fazer suposições sobre a experiência daqueles que se identificam como LGBT+ - todas as pessoas têm histórias e antecedentes diversos. 
  • Convide seus clientes e fornecedores a aderirem ao compromisso de diversidade e inclusão: ajuda muito se mais pessoas e empresas aderirem à causa, se conhecerem os benefícios para as empresas de serem diversas, pois no final é um bom negócio para todos, de acordo com César Casas Ferrer Presidente e Co-Fundador da Federação Mexicana de Empresários LGBT+.
  • Conheça seus clientes e diversifique seus canais de venda. De acordo com Hannah F. Salmen, mentora e consultora empresarial da ICIT para acesso ao mercado e diversidade, os consumidores LGBT+ constituem uma comunidade poderosa no consumo de conteúdo e produtos online, portanto todas as empresas devem acessar plataformas e mercados que facilitem o contato com esses clientes. Entretanto, é crucial que ao iniciar uma viagem com este consumidor, além de seu perfil, haja propósito e legitimidade, atributos que são altamente valorizados na relação de consumo.

Então por onde começar? Aprender com outras empresas é sempre uma boa idéia. Embora a rede de apoio aos empresários LGBT+ na América Latina ainda seja muito restrita, é possível encontrar alguns eventos ou programas específicos. No Brasil, existe a Câmara Brasileira de Comércio e Turismo LGBT, Incubadoras, Aceleradoras, Universidades e instituições como o Sebrae. Na Colômbia, existe a Câmara de Comércio LGBT+ de Bogotá e para outros países, existe a Federação Mexicana de Empresários LGBT+ que se concentra não apenas no México, mas também em outros países da região.

Se você estiver interessado em saber mais sobre estas conversas, convidamos você a assistir às conversas que tivemos com Andrea Suárez da Petunia, com César Casas Ferrer da Federação Mexicana de Empresários LGBT+ e Wider Gonçalves, proprietário da Casa Miró.

 

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