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#BeCreative: literatura brasileira para o além-mar
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A edição de 2017 da Fiesta del Libro y la Cultura de Medellín, ocorrida na última semana na Colômbia, foi uma oportunidade para a cidade conhecer de perto a cultura brasileira. Na ocasião, a Apex-Brasil, em parceria com a Embaixada do Brasil em Bogotá, levou mais de 70 convidados para o evento. Entre eles, autores, ilustradores, editores, artistas, chefs, músicos e grafiteiros.

A participação brasileira contou com dois espaços exclusivos, onde foram apresentados mais de oito mil títulos em português e espanhol e promovidas exposições itinerantes e encontros com autores brasileiros. Um deles com a escritora Ana Paula Maia.

Carioca, autora de seis romances e com contos publicados em diversas antologias, Ana Paula é do time de escritoras que conseguiram enveredar por outros mercados. Ela tem sua obra traduzida para vários idiomas e conseguiu leitores em públicos tão diversos quanto o sérvio e o alemão. Criatividade brasileira promovendo o melhor do país no exterior – mais um caso de sucesso que ilustra bem a campanha Be Brasil, que mostra um Brasil competitivo, criativo, inovador e confiável no mundo dos negócios. 

Aproveitamos um tempo livre em sua agenda durante a Festa do Livro em Medelín para uma conversa rápida sobre sua experiência nos mercados editoriais estrangeiros. Confira a entrevista!

Como você descreveria sua literatura?

Diria que escrevo para um público adulto. Tenho preferência por histórias de vertente mais violenta e realista. Escrevo quase sempre em terceira pessoa e procuro manter um distanciamento de gênero. Talvez por isso meus personagens são quase sempre homens e brutos. São lixeiros, bombeiros, homens do campo que vivem seus dramas em zonas rurais e ambientes como matadouros, colônias penais. 

Você tem uma obra razoável. Seis livros e inúmeros contos. Como é o seu processo? Você fecha uma obra e parte para outra?

Trabalho uma obra de cada vez. Por um acaso, estou lançando dois livros seguidos agora. Mas costumo terminar um livro e dar um tempo, um ano, antes de começar outro. 

Seus livros já são exportados e traduzidos. Como funciona esse processo de entrada em outros mercados? 

Tenho obras traduzidas para o inglês, italiano, sérvio, francês, espanhol. Publico no Brasil pela minha editora, a Record, e tenho uma agente literária alemã, especializada em autores de língua portuguesa. É ela quem faz a ponte no exterior para vender os direitos das obras. 

Como começou esse processo de exportação das obras?

Não é tão simples. Meu primeiro livro publicado no Brasil foi em 2003. Comecei a ser traduzida no exterior somente em 2012, para a Sérvia, onde já tenho dois livros publicados.

Você consegue acompanhar o desempenho de suas obras no exterior?

Mais ou menos. Consigo acompanhar tomando por base os retornos da editora, os acertos que fazemos, as resenhas críticas que vão sendo publicadas e, claro, com o que vou ganhando.

Qual o melhor mercado para você?

Meu primeiro bom mercado foi na Alemanha, onde publiquei meu segundo livro, “Guerra dos Bastardos”, lançado aqui no Brasil em 2007 e na Alemanha em 2013. Considero um livro bem-sucedido, porque ele teve três edições de três editoras diferentes.

Três editoras diferentes? Como funciona isso?

Lá tem outro mercado.  A editora que compra os livros tem os direitos secundários. Ela pode renegociar os direitos das obras com outras editoras. A primeira empresa que comprou os direitos vendeu para um book clube que fez uma edição em 2014, e vendeu para uma terceira editora de livros de bolso, um mercado voltado para livros de sucesso. 

E no mercado latino?

Tenho uma obra traduzida e editada na Argentina e que é distribuída aqui na Colômbia e em toda a América Latina. Esse trabalho também foi publicado na Espanha.

Como você acha que o projeto setorial Brazilian Publishers, parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Apex-Brasil, pode te ajudar a promover o setor editorial brasileiro no mercado global?

Vou lançar um livro pela Companhia das Letras e passarei a integrar essa iniciativa. Ainda não sei bem como vai funcionar, mas estou curiosa.

A Festa do Livro e da Cultura de Medelín festeja a literatura. Qual a importância para você de estar presente em feiras literárias?

É interessante, mas nem sempre temos chance de ir. Eu, por exemplo, dependo da editora para fazer alguma divulgação, da editora do país fazer algum acordo, de receber algum um apoio da biblioteca nacional, que ajuda bastante o autor nesses eventos. Por exemplo, fui lançada nos EUA e nem vou. Mas achou que minha presença física no mercado não faz tanta diferença no resultado de vendas do livro. O importante é o livro chegar no mercado e ser bem trabalhado pela editora local.

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Fonte: Blog da Apex-Brasil 20/09/2017. Disponível em: Blog Apex-Brasil

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