Cada vez mais, cresce o número de adeptos e são abertos novos mercados para a quinoa, a chia e a estévia. Suas origens naturais e seus benefícios para a saúde são seu passaporte para conquistar mercados em todo o mundo. Conheça mais sobre suas propriedades, benefícios para a saúde e oportunidades de crescimento.
Quinoa:
Esta semente com características de grão cujo habitat nativo são os Andes se destaca por sua adaptabilidade a diversos ambientes de cultivo, por seus extraordinários atributos nutricionais e por seu grande potencial para contribuir para reduzir a fome e a desnutrição no mundo.
O jornal britânico The Guardian destacou este “pseudogrão”, livre de glúten, como o único alimento vegetal que possui os 10 aminoácidos essenciais à dieta humana. Seu teor de proteína é de 14% a 18%, mais alto do que o do milho, do arroz e do trigo, sendo um substituto apropriado para a proteína animal. Além disso, é uma fonte rica de vitamina E, vitamina B2 (riboflavina), ferro, zinco, cálcio, potássio, magnésio e fósforo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Bolívia é o principal exportador mundial desse produto, seguido pelo Equador. A produção da Bolívia aumentou 40 vezes desde o ano 2000. De acordo com The Huffington Post, metade das exportações é destinada aos Estados Unidos e 24% aos mercados europeus, especialmente, a França e a Holanda.
Além de ser um dos principais produtores, o Peru, de acordo com a revista The Economist, é o maior consumidor do mundo de quinoa; portanto, sua capacidade de exportação foi reduzida, o que provocou uma alta nos preços mundiais. Seu uso foi incluído até na merenda escolar e em programas de bem-estar materno.
Chia:
Esta semente, considerada "o alimento dos corredores" e "um milagre", possui mais ácidos graxos ômega 3 do que o salmão, uma enorme quantidade de antioxidantes e minerais, uma fonte completa de proteína e mais fibra do que a linhaça. Devido ao seu teor de cálcio, fósforo e magnésio, atrai pessoas que têm problemas nos ossos ou que querem fortalecer os dentes. As suas proteínas são muito úteis para os vegetarianos e também é procurada por diabéticos, uma vez que normaliza a pressão arterial. Alguns estudos a associam com emagrecimento, porque ajuda a queimar gordura e reduzir o apetite, além de melhorar o sono e o temperamento.
De acordo com pesquisadores da Universidade Nacional de Rosario, Argentina, é uma planta anual de verão, nativa de regiões montanhosas do México. É sabido que, há 3.500 a. C., a chia já era conhecida como um importante alimento-remédio e que, na época pré-colombiana, era um dos 4 alimentos mais importantes para os maias, juntamente com o milho, o feijão e o amaranto.
Os principais produtores são: México, Bolívia, Paraguai, Argentina, Equador, Nicarágua, Guatemala e Austrália, que estão expandindo os mercados de exportação, anteriormente dominados com certa exclusivamente pelos Estados Unidos, mas que hoje incluem várias nações europeias e países como Canadá, China, Malásia, Singapura e Filipinas.
A chia também é procurada como alimento para outras espécies, tais como cavalos, uma vez que possui uma grande variedade de nutrientes e propriedades anti-inflamatórias, previne cólica e úlcera, hidrata e contribui para o equilíbrio de eletrólitos, além de possuir propriedades antialérgicas.
Estévia:
O mundo todo fala deste alimento que está ameaçando o império do açúcar. Uma reportagem publicada pela BBC descreve a estévia como "o Santo Gral da indústria alimentar", devido aos seus benefícios para a saúde. Trata-se de um adoçante natural com zero caloria que é extraído das folhas do arbusto de mesmo nome nativo da América do Sul. Há muitos séculos, é usada pelos povos indígenas de países como o Paraguai para adoçar suas bebidas.
O International Stevia Council (ISC), uma associação que representa as empresas produtoras, ressalta que, ao contrário de outros adoçantes, a estévia é completamente natural e não tem calorias, diferentemente do açúcar, o que lhe permite disputar o mercado de adoçantes com o aspartame, a sacarina e a sucralose. De acordo com vários estudos, é apropriada para diabéticos, uma vez que não afeta os níveis de glicose no sangue nem a insulina.
O Japão a utiliza como adoçante há cerca de 40 anos, enquanto os Estados Unidos e a Europa aprovaram, em 2008 e em 2011, respectivamente, a venda de produtos derivados da estévia, o que impulsionou rapidamente o seu crescimento no mercado. Atualmente, o principal produtor é a China, mas o Paraguai está em segundo lugar, e pretende alcançá-la.
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