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Rita Campagnoli: “Temos que trabalhar para aumentar a cultura exportadora no Brasil”
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O Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEX) é a entidade que representa os interesses das empresas comerciais exportadoras, importadoras e prestadores de serviços de comércio exterior. A CECIEX integra o projeto Brazilian Suppliers, desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil e que visa promover o aumento das exportações de micros, pequenas e médias empresas por meio de Empresas Comerciais Exportadoras.

Na última semana Rita Campagnoli, a presidente da entidade, esteve na Apex-Brasil para uma reunião de trabalho. O Blog da Apex-Brasil aproveitou a oportunidade para conversar com Campagnoli sobre a parceria do CECIEX com a Agência, os desafios das empresas comerciais exportadoras e a visão da entidade sobre o momento atual da economia.

Qual o papel do CECIEX?

Ele tem como um dos seus objetivos principais reunir as empresas comerciais importadoras e exportadoras e defender seus interesses, que são sempre em prol da exportação. Seja introduzindo novos players da indústria por meio das comerciais exportadoras ou organizando os pleitos desse setor junto ao setor público. 

Como que o seu setor está reagindo a esse momento econômico do Brasil?

O Brasil vive um bom momento para as exportações, mas isso se deve àconjuntura. Infelizmente parte do empresariado brasileiro ainda é oportunista no que diz respeito às suas transações comerciais para o exterior. Ele só busca o mercado externo quando o mercado interno não está bem. O resultado é uma indústria que, muitas vezes, não está preparada para exportar com efetividade.

Como isso se traduz na prática?

Hoje temos muitas empresas querendo exportar, mas sem condições. Não que seja um bicho de sete cabeças, mas você precisa de um preparo mínimo do produto, de desenvolvimento do mercado, de adaptações em embalagens, conhecimento da cultura alheia, etc. O que acontece é que a demanda para os serviços das empresas exportadoras aumentou, mas algumas empresas que buscam o serviço não estão preparadas para exportar. Isso gera uma certa frustração.

Falta cultura exportadora?

Isso! Os países desenvolvidos cresceram e se estabeleceram com forte presença no mercado externo. No Brasil, temos um olhar mais para dentro. Mas estamos trabalhando muito com a Apex-Brasil para disseminar essa cultura exportadora, preparando as empresas, por exemplo, com o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX).

O CECIEX cultiva uma parceria bem consolidada com a Apex-Brasil. Como ela funciona?

Eu chamo a parceria das duas entidades de casamento perfeito. Recebemos todo o apoio da Apex-Brasil para fomentar as exportações. Ela nos ajuda, por exemplo, a introduzir novos atores no mercado externo, por meio das comerciais exportadoras. Estamos sempre trocando informações e aprimorando nosso trabalho para que sejamos cada vez mais efetivos nas exportações. 

Como se dá, na prática, essa parceria?

Essa parceria propicia a participação das comerciais exportadoras e dos produtos que elas representam em feiras internacionais e na viabilização da aproximação de compradores internacionais. Com o apoio da Apex-Brasil nós também trazemos esses compradores para encontros com as comerciais exportadoras brasileiras. É uma forma eficiente de divulgação e de estreitamento entre os ofertantes e os atores do mercado externo. Hoje, a CECIEX integra o projeto Brazilian Suppliers, no qual trabalhamos a quase dois anos. Ele vem se desenvolvendo ao longo tempo e procura apresentar as nossas empresas comerciais exportadoras como fornecedoras de diversos produtos brasileiros. Além do mais, ele procura posicionar a marca Brazilian Suppliers no mercado mundial.

Você disse que o Brazilian Suppliers evoluiu. Qual o estágio desse desenvolvimento agora? 

Hoje nós temos mais autonomia para escolher os eventos que vamos participar e desenvolver. Temos mais liberdade para planejar ações no mercado externo e no Brasil. Claro que isso traz mais exigências, mas é natural e salutar. O importante é que hoje o Brazilian Suppliers propicia o mapeamento do setor para fazermos ações específicas.

O CECIEX tem batalhado bastante para conseguir uma nova classificação de atividades para o setor. Por que isso tão importante? 

Essa é uma das nossas maiores lutas. As comerciais importadoras e exportadoras não possuem uma classificação nacional das atividades econômicas (CNAE) própria. O CNAE é a classificação oficialmente adotada pelo Sistema Estatístico Nacional e pelos órgãos federais gestores de registros administrativos. É ele que define os critérios de enquadramento usados pelos mais diversos órgãos da administração tributária do Brasil.

E isso gera que tipo de problema?

O que acontece é que hoje, por não possuírem um CNAE, as empresas comerciais exportadoras são consideradas estabelecimentos atacadistas. Se houvesse um cadastro específico resolveríamos vários entraves burocráticos e facilitaríamos nossa relação com o governo. Além disso, poderíamos mensurar melhor a importância do nosso setor. Hoje sabemos que ele é responsável por mais de 10% das exportações brasileiras, mas isso não pode ser verificado estatisticamente por falta do CNAE. São detalhes que dificultam até a formulação de políticas públicas para as comerciais exportadoras.

Foi por conta dessa exposição que a Punto de Filo doou uma peça para a embaixada brasileira em Roma, certo?

Isso! Doamos a tapeçaria “Inhotim”, do Alfredo Barbosa de Oliveira, e agora ela está em exibição na Sala Palestrina, onde são realizados concertos e apresentações musicais. Trata-se do maior salão do palácio Pamphilj, projetada originalmente pelo arquiteto italiano Francesco Borromini. A tapeçaria mede 5m x 3m e foi produzida utilizando-se a técnica do ponteamento manual. É um belo trabalho, de design moderno que vai contrastar com o ambiente mais sóbrio da embaixada.

A Punto de Filo também foi escolhida para recuperar o painel da Tomie Otaki no Memorial da América Latina. Como se deu esse processo e qual a importância desse trabalho?

A Punto e Filo participou de uma seleção que envolveu empresas nacionais e internacionais. Foram avaliados a qualidade da matéria-prima, a técnica envolvida no processo de fabricação e capacidade da empresa em refazer uma obra de arte fiel as especificações originais. Para nós foi uma grande honra ter vencido essa seleção.

Qual o desafio desse trabalho?

O primeiro desafio foi viabilizar financeiramente o projeto pois trata-se de uma doação, o que só foi possível devido a parceria de empresas que doaram a totalidade dos fios, da tela, do desenvolvimento das cores e da mão-de-obra, cedida pela Punto e Filo. Como desafio técnico destaco a confecção do desenho da Tomie em uma peça única. Quando estiver pronta, o painel terá 800 m². Será a maior peça que já fizemos, tudo isso em um processo que é nosso, de fabricação manual e artesanal.

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Fonte: Blog da Apex-Brasil 25/05/2017. Disponível em: Blog Apex-Brasil

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