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Comércio Exterior

De Bruxelas a Brasília: como a União Europeia está expandindo os horizontes comerciais com a América Latina e o Caribe
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Publicado por ConnectAmericas

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UE afirma querer evitar atuar apenas como potências extrativistas na região, comprando todas as commodities dos países latino-americanos, mas também fomentar o desenvolvimento de produtores locais sustentáveis.

 

Na última semana aconteceu em Bruxelas a 3ª cúpula da União Européia – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (UE–CELAC). 

 

O encontro foi palco de muitos anúncios importantes para a região, desde investimentos até cooperação para o desenvolvimento, mas o comércio certamente foi o ponto alto da cúpula. A União Europeia, formada por 27 países, é hoje o 3º maior parceiro comercial da América Latina, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, e o bloco busca aprofundar as relações comerciais com os 33 países da América Latina e Caribe.

 Nesse sentido, a Comissão Europeia assinou memorandos de entendimento com vários países latino-americanos, incluindo Argentina, Chile, Equador, El Salvador, Honduras e Uruguai. O Chile, por exemplo, modernizou o Acordo de associação com os europeus, projetado para liberalizar ainda mais o comércio - o que também se espera que aconteça com o México no próximo ano.

Na entrevista coletiva de encerramento, a presidente da Comissão Européia, Ursula von der Leyen, reiterou sua expectativa de que o acordo de livre comércio UE-MERCOSUL também seja finalizado nos próximos dois meses. Este acordo entre os europeus e Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai vem sido debatido ao longo de duas décadas e é hoje uma prioridade para a UE.

 

A importância da União Europeia para a América Latina e o Caribe

 

A União Européia é um importante parceiro comercial para a América Latina, principalmente desde a pandemia. O comércio bilateral superou US$ 300 bilhões no ano passado, com muito espaço para crescimento: os novos acordos assinados em Bruxelas esta semana são projetados para proteger as cadeias de suprimentos e permitir um maior comércio de hidrogênio verde, energia renovável e matérias-primas essenciais, como o lítio e cobre.

 

Mais importante ainda: a UE afirma querer evitar atuar apenas como potências extrativistas na região, comprando todas as commodities dos países latino-americanos, mas também fomentar o desenvolvimento de produtores locais sustentáveis. Essas indústrias de maior valor agregado levarão a empregos com melhores salários para os trabalhadores latino-americanos e se afastarão do modelo atual que consiste em trocas assimétricas, como quando o Brasil exporta carne bovina para a França e adquire carros alemães.

 

Em entrevista recente para o El Pais, Fabrizio Opertti, gerente do Setor de Integração e Comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, refletiu sobre a necessidade de agregar valor à produção da América Latina e não se limitar apenas a atividades extrativistas. Conseguir isso requer um investimento significativo em bens públicos, como educação, fomento de um clima de negócios favorável, promoção da competição e investimentos em infraestrutura, inovação e, claro, acesso a mercados internacionais. Portanto, espera-se que a aprofundização  de vínculos comerciais transatlânticos mais profundos daqui para frente permita que resultados positivos já sejam mensuráveis na próxima cúpula que será realizada em Bogotá em 2025.

 

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