Devido aos múltiplos papeis que as mulheres têm no dia a dia, tanto como administradoras do lar, consumidoras ou como empresárias, é muito importante que tenham um bom controle de suas finanças. A seguir compartilhamos algumas dicas:

• Faça um orçamento mensal: Planeje suas despesas para um período determinado e faça o seguimento às despesas propostas. Ao finalizar o mês, faça os ajustes para otimizá-lo; manter um acompanhamento diário pode representar economias de até 15%. 
• Utilize contas para distintas finalidades: O segredo para gerar riqueza é a administração do dinheiro. Uma das formas é dividi-lo em contas específicas para propósitos específicos, e relacionar cada conta com uma área de sua vida -e utilizá-la apenas para esta finalidade-. Cada vez que você receber dinheiro, designe uma porcentagem a cada conta.
• Invista em vez de poupar: O dinheiro é muito volátil para mantê-lo apenas na poupança. É necessário acumular para investir, gerar rendimentos e mais renda. É bom estar ativa no mundo dos investimentos e, principalmente, entender o meio selecionado. 
• Prepare-se para imprevistos: Procure se proteger através de seguros para sua vida, seu negócio, e alguns de seus ativos que possam ser danificados e afetar sua riqueza. Crie um fundo de emergência (com o equivalente de três a seis meses da sua renda) para enfrentar um eventual problema de emprego, produção ou situações pessoais que o requeiram. 
• Adicione valor agregado: Entre mais valor você gere, maior será o preço que seu cliente estará disposto a pagar pelo produto ou serviço que você oferece. Investir em si mesmo para crescer e criar mais habilidades é o melhor investimento a longo prazo, no qual é possível acumular experiência, capacitação e atualização continua.  
• Pense no amanhã: Nunca é cedo demais nem tarde demais para planejar um projeto de aposentadoria e poupança. As mulheres têm em média mais anos de esperança de vida do que os homens e devem considerar como se sustentar no futuro.
• Construa e consolide seu histórico creditício: Pode ser que você ainda não tenha considerado, mas para obter um crédito que lhe permita abrir um negócio, comprar uma casa, um carro ou inclusive obter seu próprio cartão de crédito, você deve contar com um bom histórico de pagamentos, responsável e controlado.

Virginia Porcella, especialista em finanças para a mulher e autora do livro “Economia em Salto Alto” e “Economia SOS”, diz que ter um foco claro do negócio e o planejamento é o essencial para uma administração eficiente da economia pessoal. “Isto parece muito simples e até evidente, mas a verdade é que as mulheres, por questões sócio-culturais, temos muito menos exercício e prática em quanto a focar na poupança, a definições de metas e planejamento de estratégia”, adiciona.

A escritora destaca que o primeiro passo é fazer um diagnóstico: quanto é a despesa e no quê, quanto dinheiro recebe, quanto sobra, se isto acontecer, ou no pior dos casos, quanto falta. O seguinte passo é estabelecer metas de poupança que devem servir para: primeiro, criar um fundo de emergência; depois, para cumprir com os objetivos de curto e médio prazo, como a compra de um bem durável ou semidurável; e finalmente, os objetivos de longo prazo, como a compra de uma moradia. “Ao falar em poupança, é importante ter em conta o conceito de investimento, já que investir faz com que a poupança seja ainda mais produtiva”, destaca. 

Um estudo realizado pelo Lincoln Financial Group encontrou que a metade das mulheres apresentam algum tipo de dificuldade para administrar suas finanças, o que deriva dos anos nos quais os homens administravam a economia.

“O dinheiro está relacionado a todos os aspectos da vida de uma pessoa: tanto no âmbito pessoal como no laboral e inclusive no social. Estar focadas na economia pessoal é estar focadas nas nossas vidas. Não há uma sobreposição e sim uma integração. Cuidar de nossas contas não é uma tarefa, mas um aspecto fundamental de tudo que fazemos”, diz Porcella.

Como vimos, não é necessário ser um experto, basta ter uma idéia clara das finanças atuais e desenvolver um plano a partir disso. Se as decisões forem um pouco mais complexas, seja em torno dos negócios ou dos investimentos, ainda está a possibilidade de consultar um assessor financeiro de confiança, com o qual construir um relacionamento de longo prazo.