1- Em 2022, o bloco, que negocia um Acordo de Livre Comércio com o Mercosul, representou US$ 50 bilhões em exportações do Brasil, 15% de todos os bens que vendemos para o mundo.
2- Os maiores destinos das nossas vendas foram Países Baixos (23%) - hub logístico e de reexportação -, Espanha (19%) e Alemanha (12%). Juntos, os três países responderam por mais da metade das exportações brasileiras para o bloco.
3- Um país que tem se destacado nas nossas exportações para a UE é a Polônia. No primeiro semestre de 2023 ela foi nosso 8º maior destino no bloco e suas compras cresceram 67% (+US$ 350 mi) em relação ao mesmo período de 2022.
4- A União Europeia é grande investidor no Brasil, representando 41% de todo o estoque de investimento direto do mundo em nosso país, chegando a US$ 369 bilhões e contando com 6.527 empresas de IED operando no Brasil. Energias renováveis, hidrogênio verde, tecnologia da informação, mobilidade e agroindústria são estratégicos nessa relação.
5- O Regulamento Europeu Antidesmatamento (EUDR), o Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM) e a Diligência devida das Empresas e Responsabilidade Empresarial são novas realidades que
podem impactar as empresas exportadoras brasileiras em seus acesso aos mercados europeus.
6- Nos últimos anos, os parceiros vêm perdendo, consistentemente espaço nos respectivos mercados. Em 2003 o Brasil detinha 2% de participação nas importações extrabloco da UE. Em 2013 foi para 1,8% e em 2022 ficou em 1,7%. Em 2003 a UE representava 24% das importações brasileiras. Em 2013 foi para 19,5% e em 2022 ficou em 16,2%. A concorrência asiática, especialmente, foi determinante nesses resultados.
7- Nesse sentido, um acordo equilibrado entre Mercosul e União Europeia é fundamental para o fortalecimento das nossas relações econômicas, impulsionando comércio e investimentos. Um peso altíssimo do que a UE compra do mundo vem de países com os quais tem acordo comercial, intrabloco ou extrabloco.
8- Diversificação comercial é chave para o Brasil em muitos países e não é diferente na UE. A configuração das cadeias globais de valor e os impactos das mudanças geopolíticas nos dão muita competitividade em commodities no mercado europeu, mas precisamos retomar as vendas da indústria de transformação que em 2022 representou 49% das nossas exportações para o bloco.
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